“A Sogra Perfeita 2” — Cris D’Amato e Bianca Paranhos (2025)

Dirigido por Cris D’Amato e Bianca Paranhos, “Uma Sogra Perfeita 2” reafirma o lugar de Cacau Protásio (‘Mussum, o Filmis’, 2023) como um dos grandes nomes da comédia popular brasileira atual. No papel de Neide, a atriz sustenta o carisma que já conquistara no primeiro filme, agora expandindo a trama para novos encontros, pedidos surpresa e alguns tropeços que, mesmo carregados de estereótipos, o bom humor permanece. O filme encontra sua força na leveza e na simpatia, sem querer reinventar a comédia romântica, mas sim reafirmar a importância de rir da própria vida, das falhas cotidianas e dos dramas e exageros familiares. É nesse riso que mora a potência da obra, especialmente quando ela se ancora no protagonismo feminino, dessa vez, real, falho, escrachado e, ao mesmo tempo, acolhedor.

Ao lado de Protásio, Evelyn Castro (‘Tô de Graça – O Filme’, 2024) rouba a cena com a energia vibrante e divertida de Sheila, sempre pronta para transformar qualquer situação em diversão. Já Fafy Siqueira, no papel da matriarca Dona Oliveira, segura o bastão da tradição com um humor afiado, mostrando o peso da figura materna que sabe bem o que quer, e também como impor sua presença. É nesse encontro de forças que o filme encontra muito da sua graça: realidades que se cruzam, pontos de vista que batem de frente, mas que também se complementam.

A grande virada do enredo está em colocar Neide, acostumada a ser a sogra que causa, do outro lado da história: agora ela é a nora. Quando é pedida em casamento, Neide se recusa a aceitar a proposta, mas Dona Oliveira não mede esforços para garantir que o filho se case com ela. Essa resistência cria uma divertida batalha de vontades, dando novo fôlego à narrativa e ampliando o potencial para situações cômicas e conflitos hilários.

Ricardo Pereira (Segundinho) e Marcelo Laham (Oliveira) aparecem na medida certa, dando espaço para que a dupla de amigas brilhe por completo. O quarteto funciona como uma bagunça organizada: enquanto as amigas causam confusão e arrancam risadas, os rapazes aparecem no momento certo para manter tudo ainda mais divertido, garantindo um ritmo ágil que prende a atenção do público. Já Luís Miranda entra em cena como o grande rival de Neide, o Richard Lambert trazendo ainda mais tempero para a comédia. Os embates entre os dois rendem boas risadas, provando que Neide se destaca mesmo quando precisa enfrentar alguém à altura.

No fim, “Uma Sogra Perfeita 2” não é inovador, mas conquista pelo encanto da comédia e, acima de tudo, pela amizade entre Neide e Sheila. É a relação entre as duas que dá vida ao filme: juntas, elas enfrentam confusões, rivalidades e situações absurdas, sempre com bom humor. Entre risadas e tropeços da vida, o longa celebra como a amizade verdadeira pode transformar qualquer caos do dia a dia em diversão.

Nota:✨ ✨ ✨

Por Rebeca Furtunato

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